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por Fernando Migliaccio

O mundo é digital. Nomes como avatar e metaverso já fazem parte de nossas vidas, quer você queira ou não. Uma recente matéria, publicada na Forbes, mostra um estudo desenvolvido pelo Gartner em que até 2026 mais de 25% da população passará, pelo menos, 1 hora no tal metaverso.

Estamos na era do engajamento. Influencers, seja pelo Instagram ou seja pelo Twitter, estão na crista da onda. É a profissão do momento. Em estudo recente da multinacional Nielsen e que foi divulgado pela Folha de S. Paulo, hoje igualamos o número de influencers digitais com o de médicos registrados pelo Conselho Federal de Medicina. Vale lembrar que a pandemia também impulsionou vários médicos para as redes sociais.

Temos até graduações de influencers: os nano-influencers possuem entre 1.000 e 10 mil seguidores. Já os macro-influencers têm entre 100 mil e 1 milhão de seguidores e, os mega-influencers, acima de 1 milhão.

As hashtags não apenas impulsionam os temas, como também as próprias páginas pessoais. É o caso da “Detremura”, junção do nome Denise Tremura, e responsável pela hashtag #detremuraSDV (a sigla significa Siga De Volta). Considerada a Rainha do Twitter, ela entendeu uma forma de engajar nessa rede social. Aliás, ela até adiciona o dia da semana nas hashtags, conforme a data, como exemplo #SegundaDetremuraSDV, #TerçaDetremuraSDV e por aí vai.

É a partir dos Trending topics que a gente descobre os temas mais comentados no dia. Como estamos caminhando cada vez mais perto das eleições presidenciais é natural que assuntos polêmicos venham à tona, como o #liberaapesquisaxp.

A XP Investimentos iria divulgar nesta sexta-feira (10) uma pesquisa de intenção de voto. Mas sofreu, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, uma certa pressão. Alguns clientes, ligados ao agronegócio, fecharam as contas e retiraram os investimentos da corretora. Além disso, sofreu muitos ataques nas redes sociais. E assim temos outro tipo de engajamento, a dos haters. E agora, será que a XP vai liberar a pesquisa?

O virtual e o real já se fundem como um só modelo. Vivemos neste momento, híbrido, mas integrado. Nossas ações reais são, muitas vezes, moldadas por termômetros das redes sociais. As tecnologias chegaram com tudo e já são fundamentais para o funcionamento de nossas vidas.

 

 


Fernando Migliaccio da Silva, economista formado pela PUC – SP. Atuante na área Financeira com cerca de 30 anos de experiência, passando pelos setores de Tesouraria, Operações nacionais e internacionais, Financiamento às Exportações Brasileiras e Projetos Financeiros, também possui amplo conhecimento em temas sociais, políticos e atualidades.